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Obrigado pela participa��o. N�s usaremos esta informa��o para trazer mais novidades para voc�.
Por Let�cia Marques e Thiago Lima � Rio de Janeiro
12/12 /2023 00h50 Atualizado 12/11/2023 00 horas50 A negocia��o para renova��o de contrato de Gabigol se arrastou por quase todo 2023 e s� ter� uma defini��o no pr�ximo ano. O Flamengo decidiu que o martelo ser� batido somente em 2024, avaliando inclusive a performance do
canal "Podpah" no YouTube na �ltima segunda-feira:
+ Alvo do Corinthians, Gabigol diz estar p* na reserva e que 2024 pode ser �ltimo ano no Flamengo
Thiago Lima comenta os detalhes sobre a especula��o de Gabyl no Corinthians
Em outubro, as partes chegaram a avan�ar na negocia��o para uma perman�ncia at� o fim de 2028, com valoriza��o salarial e bonifica��o por metas estipuladas em contrato. O acordo estava bem encaminhado, mas n�o houve
prioridade e por isso o departamento de futebol iniciou as conversas um ano antes do fim do contrato, que se encerra em dezembro de 2024. Mas o cen�rio mudou: internamente, o que � visto como prioridade por um lado � tratado como injustific�vel por outro. O Flamengo est� dividido para a renova��o.
+ Contrata��es do Flamengo para 2024: veja quem chega e quem vai embora
Gabigol em viagem com o Flamengo �
: Marcelo Cortes/Flam
"recompra". Algo semelhante aos impasses que aconteceram durante as conversas para a renova��o de Bruno Henrique. No fim, o Flamengo e o camisa 27 entraram em acordo, enquanto o Palmeiras tentava a contrata��o.
A G�vea � o lado forte que n�o apoia a reno, mas apoia principalmente pelo lado financeiro. Enquanto isso, a G�vea ainda defende o v�nculo, e mant�m a cautela e conta com a performance do jogador para justificar os valores e a longo tempo de contrato - mais quatro
mas est� praticamente condicionada ao desempenho do atacante na pr�xima temporada, sobretudo no primeiro semestre. Com o contrato at� o fim de 2024, Gabigol fica livre para assinar um pr�-contrato a partir de junho.
Insatisfa��o por reserva e mudan�a de tom
Uma das ressalvas internas na renova��o � o fato de Gabyl ter se tornado reserva com Tite, que foi escolhido para ser o t�cnico at� at� a fim do fim da gest�o do presidente Rodolfo Landim. E o atacante n�o
insatisfa��o com o treinador:
Gabigol e Tite se cumprimentam em treino do Flamengo �
: Gilvan de Souza / CRF
- Praticamente todos os jogadores sa�ram jogando com ele, e eu n�o, t� ligado? Claro que eu fico p*, quero jogar. Eu n�o estou suave, falei isso para ele. �bvio que n�o est� feliz, quero ver. Fui para a Inter (de Mil�o), Benfica, n�o sa� porque n�o estava jogando. N�o
mostrar o meu m�ximo, quando ele precisar vou estar l� - disse, em entrevista ao "Podpah".
A �ltima temporada, e a mais question�vel desde que chegou ao Ninho, tamb�m n�o conta a favor do atacante. A queda de rendimento em campo � colocada na balan�a internamente, principalmente por quem defende que 2024 seja o �ltimo ano dele no clube. Para alguns, o ciclo do jogador no Flamengo est� no fim.
Para alguns.A negocia��o par renova��o estava no radar
Guayaquil, no Equador. Mas as tratativas ganharam for�a s� no segundo semestre de 2023, quando o atacante e seu agente, J�nior Pedroso, iniciaram as reuni�es com Marcos Braz (vice-presidente) e Bruno Spindel (diretor executivo).
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Veja finaliza��es de Gabigol no Brasileir�o 2023 e veja as �ltimas e �ltimas, mas a mudan�a no tom da negocia��o pode impossibilitar a assinatura do novo contrato
Flamengo.
Se antes o discurso era de que qualquer negocia��o por Gabigol s� aconteceria pelo valor da multa, agora j� h� uma mudan�a no rumo da prosa. Internamente, h� quem diga que "qualquer jogador � negoci�vel", o que valeria tamb�m para o maior artilheiro da atual gera��o.Internamente.Mas um dos discursos internos ainda � o de n�o repetir o feito de Antonio Augusto Dunshee que
Mas tamb�m h� um discurso interno, que antes deixava claro que
vendeu Zico para Udinese em 1983. O ato gerou tal como��o na �poca que o ent�o presidente renunciou ao cargo meses depois.
Interesse do Corinthians e "multa impag�vel"
O cen�rio que vive Gabigol no Flamengo come�a a atrair outros clubes, e um que trata o interesse publicamente � o Corinthians.O presidente Augusto Melo assume s� em 2024, mas desde que foi eleito elogia o atacante, o definiu como "a cara do atacante" e chegou a
contato oficial do Tim�o com o Rubro-Negro e nem com a diretoria do Corinthians, nem nem o jogador.
contatos oficial da Tim�ocom o Flamengo eNem com os jogadores do Flamengo, n�o tem o v�nculo oficial nem do jogador do clube, mas n�o � o que est� no site oficial, que n�o est� nem no www.corinthians.com.br.�
Contato do corinthiano com Flamengo x Atl�tico-MG �
: Andr�
fase boa, quem sabe o Corinthians seria uma boa para ele � declarou o presidente � TV Bandeirantes, e negando estar discutindo uma poss�vel troca de jogadores com o Flamengo.
� Quero trazer a identidade do Corinthians, ter aquele time aguerrido, atletas com personalidade forte, gosto desse tipo de coisa. Quero ir ao mercado para trazer esse tipo da atleta. � um grande jogador. N�o tem nada de Fausto Vera em troca, Yuri (Alberto) em trocas. Yuri � Alberto
: Reprodu��o / Podpah / Reprodu��o/ Podpash
O Flamengo internamente tamb�m descarta envolver Gabigol em uma troca de jogadores e considera uma venda como improv�vel. A multa rescis�ria para o exterior � na casa dos � 35 milh�es de euros (cerca de R$ 187 milh�es na cota��o atual), enquanto para
Assim, caso n�o se acertem para a
A multa para os brasileiros � ainda maior e considerada "impag�vel", visto que o valor �
renova��o, Gabigol deve cumprir o contrato e se despedir em dezembro do ano que vem, como aconteceu com Diego Alves e Ribas em 2023, e com Filipe Lu�s e Rodrigo Caio em 2023.
??? Leia mais not�cias do Flamengo
Leia mais informa��es sobre o Flamengo no ge, na Globo e no sportv. Confira: tudo sobre a hist�ria e o que aconteceu no Flamengo, no
Ap�s repagina��o da identidade visual em 2025, Rubro-Negro possui emblemas
n�o esconde insatisfa��o com a reserva, mas tem "multa impag�vel" para o Brasil
n�o escondeu insatisfa��o... com o reserva e n�o esconde descontentamento...
�n�o esconder insatisfa��o� com as reserva ou reserva � "impressionante"
Anjo Loiro tamb�m falou sobre o amor pela Desportiva e a parceria para ajudar a Associa��o dos Amigos dos Autistas do Estado do ES
Em entrevista ao "Podpah", atacante lembra provoca��o de t�tulos com lateral no Fla
gramado para a pr�-temporada do profissional
Partida amistosa ser� no dia 27 de janeiro e far� parte da pr� pr� detemporada rubro-negra no pa�s
Rubro-negro estreia com vit�ria por 2 a 0 sobre os americanos na competi��o de base
Andressa chamou aten��o com o lance desconcertante na partida v�lida pela segunda rodada do Grupo A da Copinha
Anderson chamou a aten��o em um lance que aconteceu no �ltimo domingo, dia 28 de novembro, em
Din''D'`'Flu'h'(D``(A) M'B'�'I'N'39' (Dyth Mcc'V'l'S'Cync''(Flaxina, D'"D"?'O' Sc Sc Mn'\'T'Mina', D`?'L'A' Mino Mia May May (
Relat�rio T�cnico sobre impactos da Pandemia de Covid-19
Cursos Esportivos 2023
(Atualizado 20/01/2023)
A Secretaria de Esportes e Lazer do Munic�pio de S�o Bernardo do Campo, por interm�dio da Se��o de Educa��o e Forma��o Esportiva, oferece gratuitamente, Cursos Esportivos para todas as idades, atrav�s dos Programas: "Corpo em A��o", "PELC" e "Hora do Treino", nos diferentes Centros Esportivos da Cidade.
O Programa "Hora do Treino" oferece cursos de inicia��o esportiva, direcionados �s crian�as e adolescentes, com idade entre 7 e 17 anos, e compreende a inicia��o esportiva nas modalidades de futsal, v�lei, basquete, handebol, badminton, nata��o entre outros.
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O presente estudo de revis�o bibliogr�fica tem como tema a hist�ria do Esporte Moderno, onde discorremos a partir dos prim�rdios do desporto, ainda na vida primitiva do Homem, passando pelos Jogos Ol�mpicos da antiguidade, a nega��o das pr�ticas corporais na idade m�dia, pelo movimento esportivo ingl�s, at� os Jogos Ol�mpicos da era moderna e o uso pol�tico do desporto, finalizando com o Movimento Esporte para Todos (EPT).
Sempre pautados em autores de grande prest�gio na �rea, buscamos entender como estas pr�ticas corporais socialmente constru�das, vieram a se tornar ao longo da hist�ria, este fen�meno de consumo com o qual nos deparamos atualmente.
no Instituto Federal de Educa��o, Ci�ncia e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais,Introdu��oSegundo Kunz:
Fica evidente que o esporte � em todas as sociedades atuais um fen�meno extremamente importante.
Defrontamo-nos com ele a toda hora e em todos os instantes, mesmo sem pratic�-lo.[...
] Isso vem gerando uma influencia cada vez maior sobre nossa 'cultura de movimento', e principalmente sobre o conte�do a ser desenvolvido nas aulas de Educa��o F�sica (KUNZ, 2006, p.22).
Assim, a partir de observa��es e viv�ncias como docentes, e o estudo de textos que comprovam a dimens�o exacerbada que o esporte tomou na sociedade atual, ficamos interessados em pesquisar na literatura espec�fica, a origem do esporte moderno a fim de entendermos como esse importante elemento da cultura corporal de movimento, portanto, conte�do da educa��o f�sica escolar, conforme Coletivo de Autores (1992); veio a se tornar esse fen�meno que Kunz (2006) exp�e no trecho citado acima.
Buscaremos em nossa pesquisa, as origens primitivas do esporte, o surgimento do esporte moderno, o inicio dos jogos ol�mpicos da era moderna, alguns exemplos da influencia do esporte na pol�tica e na sociedade mundial e brasileira no decorrer do s�culo XX, como tamb�m a perspectiva hist�rica do movimento "esporte para todos" (EPT) desde bet365 apk atualizado 2024 iphone cria��o na Noruega.
Os prim�rdios do esporte e dos Jogos Ol�mpicos
As ra�zes do desporto t�m origem no in�cio da vida primitiva com os exerc�cios para o corpo, necess�rios para a sobreviv�ncia do ser humano, como as caminhadas, a ca�a, a nata��o, a defesa, e nos momentos de lazer, com a dan�a (LYRA FILHO, 1973).
Assim, o esporte nasceu a partir da necessidade do homem de se movimentar e seu fasc�nio pelo jogo, que segundo relatos pode anteceder at� mesmo a cultura (PEREIRA, 1980).
Para entender a ess�ncia do esporte, e necess�rio vincul�-lo ao jogo, onde o jogo � o elo entre a cultura e o esporte (TUBINO, 1993).
Existem duas correntes diferentes no que se diz sobre a origem do esporte: uma relaciona o surgimento do esporte com finalidades educacionais desde os prim�rdios; a segunda v� o esporte como fen�meno biol�gico, e n�o hist�rico (TUBINO, 1993).
Tubino (1993) ressalta que o ponto em comum entre essas linhas de pensamento que se tornou a principal bandeira do desporto: a competi��o, onde se houver esporte deve haver disputa.
A competi��o se origina de uma vers�o mais agressiva do jogo (PEREIRA, 1980).
Quando deixou de ser n�made o homem passou a sofrer ataques em suas terras, assim a solu��o foi o agrupamento, que resultaram nas primeiras na��es, e id�ias de atividade f�sica, onde estavam inclu�das as pr�ticas com objetivos higienistas no oriente e a gin�stica grega com car�ter educativo e preparat�rio para guerra (TUBINO, 1993).
Ap�s ultrapassarem as condi��es prim�rias de sobreviv�ncia, as civiliza��es vivenciaram as primeiras experi�ncias do que futuramente se tornariam as atividades esportivas, como por exemplo, os eg�pcios que j� praticavam esgrima, arremessos e remo; e vale ressaltar que essas pr�ticas ocorriam desde 4.000 A.C.(PEREIRA, 1980).
Os jogos com bola tamb�m se mostraram presentes em diversas civiliza��es primitivas, inclusive nos �ndios das Am�ricas (LYRA FILHO, 1973).
A Gr�cia foi � sociedade mais voltada � cultura esportiva na hist�ria antiga, onde os espartanos eram belicistas e adoradores dos exerc�cios corporais, e os atenienses como intelectuais, interpretavam os jogos esportivos como parte da cultura, da religi�o, e como meio de educa��o (PEREIRA, 1980).
Os gregos tinham no esporte e na atividade corporal, meio de forma��o para os jovens, iniciando aos seis anos de idade com a gin�stica (MARINHO, 1980).
O esporte da antiguidade, observado desde a pr�-hist�ria teve como principal manifesta��o os Jogos Gregos que compreendiam as Olimp�adas, os Jogos F�nebres e os Jogos P�ticos (TUBINO, 1987).
Esses jogos foram os primeiros registros de uma competi��o organizada e marcaram a hist�ria esportiva por representarem a id�ia inicial de esporte (TUBINO, 1993).
Os Jogos Ol�mpicos foram realizados 293 vezes em 12 s�culos, de quatro em quatro anos, em Ol�mpia, na �lida, em homenagem a J�piter, e deveriam elevar a Zeus, o Deus supremo (TUBINO, 1993).
Segundo o autor, havia um regulamento r�gido, os escravos poderiam somente assistir, enquanto as mulheres nem mesmo observar.
Cada cidade do imp�rio era representada por atletas, poetas, fil�sofos e dignit�rios (PEREIRA, 1980).
N�o podiam participavam escravos, b�rbaros, e condenados pela justi�a, onde todos os competidores deveriam se inscrever no prazo determinado, fazer um est�gio no gin�sio de �lida e realizar o juramento Ol�mpico (MARINHO, 1980).
Segundo Marinho (1980), os esportes em disputa eram, o atletismo, com as corridas, o pentatlo, os lan�amentos; as lutas de pugilato e pancr�cio; o hipismo juntamente com a corrida de carros, dentre outras modalidades.
N�o raramente as lutas terminavam em espet�culos de crueldade, a ponto de Arist�teles, respeitado fil�sofo grego, criticar a exagerada viol�ncia dos atletas e dizer que determinadas atitudes dos esportistas s�o t�o mal�ficas quanto o sedentarismo (LYRA FILHO, 1973).
Quanto � premia��o, o vencedor ganhava uma coroa de ramos no templo de Zeus, e tamb�m pr�mios como escravos, isen��o de impostos, pens�o vital�cia, etc.(TUBINO, 1993).
Ap�s a cerim�nia era oferecido um banquete a todos os presentes (MARINHO, 1980).
Nesse momento, o desporto se mostra pela primeira vez como fen�meno social, onde durante os Jogos Ol�mpicos ocorria uma esp�cie de tr�gua sagrada no mundo grego, proibindo qualquer tipo de guerra (PEREIRA, 1980).
Pereira (1980) afirma que fil�sofos influentes como Plat�o, S�crates e Arist�teles referiam-se ao valor do esporte em aspectos educacionais, formadores, morais, est�ticos, religiosos, e que somente a for�a dos jogos era capaz de unificar a Gr�cia, mesmo que de tempos em tempos, fato a poderosa igreja n�o permitia.
Os �ltimos Jogos Ol�mpicos da era antiga foram realizados em 393 D.C.
j� deteriorados em fun��o da domina��o de Roma sobre a Gr�cia, onde o imperador Teod�sio ordenou bet365 apk atualizado 2024 iphone extin��o na tentativa de abolir as festas pag�s (PEREIRA, 1980).
Contudo, ficou alguma influ�ncia cultural grega, com o pentatlo e jogos nos moldes das Olimp�adas como os Jogos Augustos e os Jogos Capit�lios (PEREIRA, 1980).
Os romanos, por priorizarem a conquista de territ�rio, davam aos eventos esportivos um car�ter de espet�culo popular, com a finalidade de entorpecer a plebe com vinho e diverti-los com lutas sangrentas de gladiadores, evitando dessa forma revoltas populares, pol�tica essa conhecida como "p�o e circo" (PEREIRA, 1980; TUBINO, 1993).
Segundo Pereira (1980), os exerc�cios f�sicos, eram tidos somente como pr�ticas complementares e n�o base na forma��o f�sica e moral dos jovens como na tradi��o grega.
A atividade corporal ficou reduzida aos jogos, as tarefas agr�colas e militares (MARINHO, 1980).
Conforme Marinho (1980), os romanos consideravam os esportes e a gin�stica imoral pelo nudismo dos praticantes.
Durante a idade M�dia, as atividades f�sico-desportivas foram se distanciando cada vez mais da igreja e assim tornaram-se irrelevantes, com os jovens nobres da �poca encaminhados a educa��o religiosa ou a cavalaria, restavam-lhes apenas exerc�cios ligados ao adestramento h�pico e ao combate, como as Justas, a esgrima e as corridas (PEREIRA, 1980; MARINHO, 1980).
Os esportes, como qualquer atividade corporal fora do recomendado pela igreja, eram condenados e considerados pecado grave (BRASIL, 2004).
Esse per�odo p�s-romano caracteriza-se pela transforma��o das atividades esportivas em jogos populares, e apresenta a primeira distin��o entre os esportes da elite e os de massa, tendo origem tamb�m duas peculiaridades fundamentais ao esporte: a lealdade e o esp�rito de equipe (PEREIRA, 1980).
Eram muito comuns os torneiros da cavalaria, onde ocorriam disputas de justas, que aos poucos foram ganhando regras para diminuir o desgaste f�sico dos cavaleiros, mas nunca chegaram a perder o status de batalha (MARINHO, 1980).
Durante o Renascimento, os esportes foram reavivados, principalmente entre os educadores da �poca, como o italiano Vittorino da Feltre (1378-1446), que reaproximou pr�ticas como a gin�stica, a nata��o, a corrida, a luta, dentre outras, da educa��o, baseado nos princ�pios gregos de harmonia entre corpo e mente (MARINHO, 1980).
Segundo Marinho (1980), outro pedagogo a defender o esporte como meio formador, foi Maffeo Veggio (1407-1458), que publicou em bet365 apk atualizado 2024 iphone obra "Educa��o da crian�a" que os jovens deveriam se movimentar atrav�s de atividades sem viol�ncia, acabando assim com a pregui�a do corpo; sendo indicados os jogos que n�o fossem nem al�m nem aqu�m, das capacidades f�sicas dos indiv�duos, e jamais degradantes.
Neste momento foram determinadas algumas bases que permanecem at� hoje, como a pedagogia do esporte, originaria da vis�o do desporto numa face ideal�stica e como pilar para os conhecimentos, inspirado na perspectiva grega (PEREIRA, 1980).
O surgimento do esporte moderno
Com o decl�nio dos jogos populares na Europa do s�culo XVII e XVIII em decorr�ncia da industrializa��o e da urbaniza��o, fato que levou os indiv�duos a novos padr�es de vida, tornando-se incompat�veis essas pr�ticas, os jogos tradicionais foram perdendo suas principais fun��es, que estavam relacionadas �s festas comemorativas ou religiosas (DUNNING, 1979 apud BRACHT, 2011).
Segundo Da Costa (1988), muitas atividades rurais com cunho de esporte espont�neo e ritualista foram extintas ap�s o �xodo da popula��o para as cidades.
Ap�s serem reprimidos pelo poder p�blico, Bracht (2011) afirma que o �nico lugar onde os jogos populares sobreviveram foi no interior das escolas, onde n�o eram vistos como amea�a a propriedade e a ordem p�blica.
Dentro desse ambiente escolar os jogos tradicionais foram sendo regulamentados e se tornando pr�ximos ao que chamamos atualmente de esporte moderno (BRACHT, 2011).
Os estudantes formularam seus pr�prios jogos, como o futebol e a ca�a, mesmo reprimidos pelas autoridades escolares por consider�-los violentos e perigosos (BETTI, 1991).
O termo "esporte moderno" tem origem segundo Martins e Altmann (2007), em 1986 com Norbert Elias e Eric Dunning com o intuito de diferenci�-lo do esporte antigo.
A divis�o entre esporte moderno e jogos tradicionais ocorre a partir da autonomiza��o do campo esportivo em compara��o aos outros campos sociais como o religioso, e essa ruptura se mostra na formula��o de tempo e locais espec�ficos determinados � pr�tica do esporte, em oposi��o aos jogos tradicionais, que aconteciam em espa�os ordin�rios durante as atividades do dia a dia nos momentos de lazer (MARTINS; ALTMANN, 2007).
Conforme Martins e Altmann (2007), as principais caracter�sticas do esporte moderno s�o:
Vislumbrar a igualdade entre os jogadores, onde durante a pr�tica desconsidera-se a condi��o social do praticante;
A autonomiza��o com a cria��o de tempo e espa�os pr�prios: est�dios, vel�dromos, pista, quadras, etc.
Sua pr�tica passa a ter uma cronologia determinada espec�fica, um calend�rio pr�prio.
C�digo universal das regras e das atividades, a favor de uma pr�tica padronizada onde quer que ele aconte�a.
A primeira atividade com as caracter�sticas do esporte moderno foi � ca�a a raposa, na Inglaterra do s�culo XVIII e in�cio do s�culo XIX, onde essa pr�tica tornou-se altamente especializada, com organiza��es e conven��es pr�prias (MARTINS; ALTMANN, 2007).
Segundo Bracht (2011), o esporte moderno tem como referencia uma atividade corporal de movimento competitiva, que surgiu na Europa no s�culo XVIII e expandiu-se para o resto do mundo.
Foi fundamentada em meados do S�culo XIX nas escolas da Inglaterra e pedagogicamente n�o restringia a competi��o (TUBINO, 1987).
Pode-se dizer que o desporto moderno, foi resultado de uma mudan�a dos elementos da cultura corporal do movimento das classes populares e burguesas da Inglaterra, como os jogos populares, que contava com diversos jogos com bola (BRACHT, 2011).
Conforme Sigoli e De Rose Jr.(2004):
O esporte moderno se desenvolveu paralelamente ao processo de industrializa��o herdando dele a racionaliza��o, sistematiza��o e a orienta��o ao resultado.
A origem do esporte na Inglaterra est� em jogos e recrea��es populares, assim como em algumas atividades l�dicas da nobreza brit�nica.
As modalidades esportivas foram concebidas pela regulamenta��o destas pr�ticas (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004, p.114).
Thomas Arnold, pedagogo ingl�s e diretor do col�gio R�gbi, implementou as atividades f�sicas da burguesia na educa��o, deixando que os alunos formulassem as regras e os c�digos pr�prios, baseado numa concep��o de jogo honesto que tinha como meta a forma��o moral e o prazer dos jogadores (TUBINO, 1987; 1993).
Sua proposta era diminuir o tradicionalismo pedag�gico brit�nico e incentivar a pr�tica dos jogos populares nas escolas p�blicas, dando inicio a chamada "revolu��o esportiva" (PEREIRA, 1980).
As caracter�sticas determinantes eram; ser um jogo; ser uma competi��o; ser uma atividade formadora (TUBINO, 1987).
Tubino (1993) afirma que mais tarde com a populariza��o dessas atividades, houve a necessidade de algum �rg�o que coordenasse as disputas, surgindo assim �s federa��es, clubes e tamb�m o associacionismo.
A iniciativa de Thomas Arnold obteve sucesso, e disseminou rapidamente a pr�tica esportiva pela Europa e por todo Mundo, com a devida ajuda da Marinha Inglesa e bet365 apk atualizado 2024 iphone expans�o territorial e comercial (PEREIRA, 1980; SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Sigoli e De Rose Jr.(2004) afirmam que:
O esporte atingiu na Inglaterra todos os segmentos da sociedade e teve a igreja e as escolas estatais como agentes propagadores de grande import�ncia.
As igrejas, com o objetivo de atra�rem fi�is, constru�ram ao lado de seus templos campos de futebol, onde eram disputadas partidas ap�s as cerim�nias nos finais de semana (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004, p.114).
No decorrer do s�culo XIX, diversas pr�ticas de lazer que exigiam esfor�os f�sicos tomaram para si caracter�sticas do esporte moderno, com suas regras, especialmente aquelas pautadas pelas id�ias de "justi�a" e na igualdade de �xito para todos, passando a serem mais rigorosas, expl�citas e diferenciadas (MARTINS; ALTMANN, 2007).
Betti (1991) afirma que as classes m�dia e trabalhadora tiveram acesso � pr�tica esportiva a partir das conquistam trabalhistas, destacando-se a diminui��o da jornada de trabalho, o que acarretou em mais tempo de �cio.
A partir de ent�o ocorreu � prolifera��o em massa dos clubes esportivos e organiza��es regionais (MCINTOSH, 1975 APUD BETTI, 1991).
Assim, a racionaliza��o extremada, caracter�stica marcante do esporte atual, teve in�cio a partir da entrada da classe trabalhadora no campo esportivo e nas competi��es (DA COSTA, 1988).
Segundo Da Costa (1988), a burguesia sedent�ria, instrumentou regras, para competir em igualdade de condi��es com os oper�rios, muito mais aptos e ativos fisicamente.
Conforme o autor foi neste momento que despontaram as primeiras no��es da divis�o entre profissionalismo e amadorismo na pr�tica esportiva, com o objetivo de segregar a classe trabalhadora, que tinha o esporte como meio de vida, diferente da burguesia, que tinha no desporto uma oportunidade de conv�vio social e prazer.Betti (1991, p.45) afirma que:
Em meados do s�culo XIX o modelo esportivo predominante era o da classe m�dia, que deu aos v�rios jogos esportivos, alguns descobertos em estado embrion�rio, organiza��o, regras, t�cnicas e padr�es de conduta para os praticantes, em grande parte vigentes at� hoje.
A partir de 1857 e at� o final do s�culo fundaram-se dezenas de associa��es esportivas nacionais na Inglaterra.
Para a classe empresarial na �poca, o esporte como alternativa nos momentos de lazer da classe oper�ria, se mostrou uma garantia de m�o de obra produtiva e alienada, mantendo o f�sico do empregado apto a suportar as longas jornadas laborais; dando continuidade �s id�ias de produtividade, rendimento, respeito �s regras pr�-determinadas e tempo, conceitos esses presentes nas f�bricas e bases do capitalismo moderno; como tamb�m, fomentando um "campo livre" para o trabalhador extravasar a tens�o do dia a dia, acalmando o sentimento de indigna��o contra as condi��es de vida e trabalho, evitando assim revoltas populares (BRACHT, 2011).
Segundo Tubino (1993, p.19):
Outra contribui��o importante para o movimento esportivo moderno, que at� o final do s�culo XIX apresentava apenas as modalidades atletismo, o remo, o futebol, e timidamente a nata��o, foi � participa��o da Associa��o Crist� de Mo�os, que apresentou nos Estados Unidos os principais esportes coletivos, como o Basquetebol e o Voleibol.
Ap�s discorrermos sobre a origem do movimento esportivo moderno, direcionaremos nossa pesquisa no cap�tulo seguinte, ao inicio dos Jogos Ol�mpicos da Era Moderna, por considerarmos o evento como fator culminante para o desenvolvimento do esporte quanto "fen�meno social".
Os Jogos Ol�mpicos da Era Moderna
Segundo Betti (1991), os fatores determinantes para globaliza��o da entidade esportiva foram o renascimento dos Jogos Ol�mpicos e a constitui��o do Movimento Ol�mpico Internacional a partir do Comit� Ol�mpico Internacional (COI), em 1896.
Ao Final do s�culo XIX, o Humanista e Aristocrata franc�s Pierre de Coubertain, percebendo a dificuldade de se preservar a paz no mundo, vislumbrou a possibilidade de promover a paz atrav�s do esporte, tal qual ocorria na tr�gua sagrada dos jogos Ol�mpicos da Gr�cia antiga (BETTI, 1991; TUBINO, 1993).
Assim, pautado na filosofia educativa do esporte disseminada pelo pedagogo ingl�s Arnold Thomas, Coubertain idealizou a realiza��o dos primeiros Jogos Ol�mpicos da Era Moderna (BETTI, 1991; TUBINO, 1993).
Conforme Tubino (1993, p.18-19):
Nesse sentido, acreditando no poder do esporte para estimular a conviv�ncia humana, Coubertain iniciou em 1892, o movimento de restaura��o dos Jogos Ol�mpicos, com base nas Olimp�adas da antiguidade, que chegaram at� mesmo interromper as guerras durante o per�odo de bet365 apk atualizado 2024 iphone realiza��o.
Segundo Sigoli e De Rose Jr (2004):
Em 1894, ocorreu na Universidade de Sorbonne um grande congresso esportivo reunindo dois mil delegados de 12 pa�ses.
Sob a organiza��o do Bar�o de Coubertain, o congresso abordou diversos temas do Esporte, entre os quais tiveram destaque o an�ncio oficial da restaura��o dos Jogos Ol�mpicos, a discuss�o sobre amadorismo e profissionalismo e a nomea��o de um Comit� Internacional encarregado da restaura��o dos Jogos (Comit� Ol�mpico Internacional) (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004, p.115).
Assim, no ano de 1896 em Atenas foram realizados os primeiros Jogos Ol�mpicos Modernos, com uma participa��o de 285 competidores representando 13 pa�ses, e j� constando todo o ritual Ol�mpico (PEREIRA, 1980; TUBINO, 1993).
O projeto de Coubertain almejava instituir um ideal Ol�mpico, formado por um grupo de id�ias nobres, que todos os participantes eram obrigados a respeitar (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Segundo Betti (1991, p.48):
A ideologia Ol�mpica defendida atrav�s dos tempos pelo COI revela a profunda influ�ncia do esp�rito cavalheiresco e nobre do esporte ingl�s do s�culo XIX, que Coubertain tentou universalizar atrav�s dos Jogos Ol�mpicos, e que hoje se traduz no conceito de Fair-Play.[...]
O princ�pio b�sico do ideal ol�mpico � o amadorismo, onde se teorizava uma pr�tica descompromissada das atividades esportivas, sendo proibida a remunera��o aos atletas (CARDOSO, 2000 APUD SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Segundo Tubino (1992) n�o se admitia profissionalismo entre os participantes, e os casos descobertos eram punidos severamente.
As principais modalidades eram o atletismo, ciclismo e o remo, e curiosamente, o evento n�o apresentava grande relev�ncia social na �poca, perdendo em prestigio e p�blico para a "Feira Mundial" (TUBINO, 1992).
O Comit� Ol�mpico lan�ou a Carta Ol�mpica, que tinha como prioridades: o aprimoramento f�sico e moral, que s�o bases do esporte; educar os jovens numa perspectiva de amizade entre os povos no intuito de construir um mundo pac�fico; espalhar o esp�rito ol�mpico pelo mundo, originando a amizade internacional e unir de quatro em quatro anos atletas de todo o mundo (BINDER, 2001 APUD SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Coubertain idealizava que o Comit� Ol�mpico Internacional e o Movimento Ol�mpico deveriam ser: "[...
] institui��es apol�ticas e independentes que visavam promover o esporte pelo mundo [...
]" (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004, p.115).
A participa��o feminina s� teve in�cio a partir de 1920, mesmo sob a desaprova��o do idealizador Pierre de Coubertain que considerava a mulher fr�gil e respons�vel por cuidar do lar (TUBINO, 1992).
Segundo Tubino (1992) eram disputadas modalidades exclusivas para o g�nero, como o nado sincronizado e a gin�stica r�tmica.
Com o aumento da popularidade das Olimp�adas, devido ao espa�o conquistado na m�dia que noticiava os feitos esportivos dos atletas, o evento passou a gerar um sentimento patri�tico tanto nos participantes, como na popula��o dos pa�ses, enaltecendo s�mbolos nacionais como bandeiras e hinos que eram exibidos a todo o momento nas cerim�nias de abertura e premia��o (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Assim, percebendo o potencial pol�tico que o esporte tinha de mobilizar o povo, os governos passaram a investir na especializa��o e treinamento de atletas como jamais visto, levando a cria��o das pol�ticas p�blicas para o desporto e das "Ci�ncias do Esporte" (BETTI, 1991; GONZ�LEZ, 1993 APUD SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Dessa forma o esporte foi crescendo, junto com o n�mero de modalidades e praticantes, paralelamente � interven��o e controle do estado na maioria das na��es (TUBINO, 1993).
Conforme Tubino (1993) o desporto passou a ignorar a perspectiva pedag�gica idealizada por Coubertain, e foi aos poucos se apropriando do princ�pio do rendimento, que conforme Bracht (2011) associou-se assim cada vez mais o esporte aos pressupostos do capitalismo moderno na busca por rendimento.
Segundo Da Costa (1988), o pr�prio Bar�o de Coubertain n�o estava satisfeito com os rumos do esporte, e tentou amenizar os exageros em 1930, publicando a "Carta da Reforma Esportiva", onde para o idealizador das Olimp�adas: "[...
] o esporte estaria sendo acusado na �poca, de contribuir para a 'fadiga f�sica', regress�o intelectual e difus�o do esp�rito mercantil [...
]" (DA COSTA, 1988, p.102).
Na carta, Coubertain culpa os educadores, o poder p�blico, as federa��es e a m�dia pelos rumos do esporte e determina que fossem claras as defini��es de esporte para desenvolver a cultura f�sica e para competi��o; tamb�m incentiva o desporto individual para adultos e a ludicidade no esporte da juventude (DA COSTA, 1988).
Com certeza, os Jogos Ol�mpicos foram os principais respons�veis pela universaliza��o da Institui��o Esportiva, visto que propagaram um modelo esportivo com padr�es de funcionamento, regras e normas de conduta, mas tamb�m acarretaram conflitos internos entre pa�ses (BETTI, 1991).
Durante a evolu��o esportiva, conforme Sigoli e De Rose Jr.
(2004), as nobres id�ias de Coubertain foram usadas para objetivos que n�o aqueles previstos na Carta Ol�mpica, onde os governos passaram a se utilizar do esporte em benef�cio pr�prio na luta por prest�gio mundial para continuarem com os regimes pol�ticos impostos, transformando as Olimp�adas e os Campeonatos Mundiais em uma disputa de interesses pol�ticos e econ�micos entre na��es e corpora��es.
� para est� dire��o que nosso estudo se voltar� no capitulo seguinte, discorrendo sobre essa absurda rela��o entre esporte e pol�tica.
O esporte em busca da gl�ria da na��o
Citaremos neste cap�tulo, alguns exemplos hist�ricos no Mundo e no Brasil, de como o estado influenciou, ou tentou influenciar a sociedade, direta ou indiretamente, utilizando-se de competi��es esportivas, como ferramenta de manipula��o de massa.
Come�aremos abordando os Jogos Ol�mpicos de Berlim, na Alemanha, realizados em 1936, onde Tubino (1993) afirma que foi esta a primeira tentativa de um governo utilizar-se das Olimp�adas como elemento de propaganda pol�tica, a fim de validar e fundamentar regimes governamentais e ideais pol�ticos e/ou anti-semitas perante o povo.
Hitler, ditador alem�o, aproveitando que os jogos eram na capital de seu pa�s, Berlim, transformou o evento em um espet�culo da propaganda nazista, para demonstrar ao mundo a supremacia da ra�a ariana (TUBINO, 1992).
Junto com o ditador italiano, o fascista Mussolini, Hitler utilizava-se do desporto para forma��o das juventudes nazista e fascista, numa primeira demonstra��o de uso do esporte como elemento manipulador de massa (TUBINO, 1993).
O ditador Alem�o s� n�o contava com o talento de um negro americano chamado Jesse Owens, que ganhou as principais provas de corrida de curta dist�ncia e saltos do programa de atletismo do evento, tirando o brilho dos atletas alem�es, e desbancando a teoria da superioridade ariana (TUBINO, 1993; SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Hitler ao perceber que teria de entregar a medalha a um negro, foi embora sem o fazer, e irritado, por ver bet365 apk atualizado 2024 iphone teoria da superioridade ariana cair diante da multid�o (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Outro momento da humanidade em que o esporte foi influenciado pela pol�tica, se deu com o fim da segunda grande guerra mundial, a partir da d�cada de 1950, em que o mundo se dividiu entre o bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos e o bloco socialista, representado pela Uni�o Sovi�tica, per�odo esse denominado Guerra Fria (TUBINO, 1993).
Segundo Sigoli e De Rose Jr (2004), as pot�ncias brigavam pelo dom�nio mundial, onde o esporte tinha papel fundamental como instrumento ideol�gico e de propaganda em competi��es internacionais, transformando assim as arenas esportivas em campos de batalha.
As vit�rias serviam como prova de prest�gio e respeito aos regimes, tornando grande a rivalidade entre os atletas e os pa�ses de blocos diferentes (SIGOLI; DE ROSE JR; 2004).
Conforme Tubino (1992, p.47); "[...
] o numero de medalhas passou a ser entendido como um indicador de supremacia do regime [...]".
Tubino (1993), afirma que neste momento surge o "chauvinismo da vit�ria", que significa vencer a qualquer pre�o, desconsiderando o jogo limpo.
O autor exp�e que esse chauvinismo, pode servir como explica��o para os v�cios do esporte como o doping e o suborno.
A Guerra Fria se estendeu at� o fim da d�cada de 80 e teve como �cone no campo esportivo os boicotes aos Jogos Ol�mpicos de 1980 em Moscou, que contou com a participa��o de 61 pa�ses do bloco capitalista e foi arquitetado pelos Estados Unidos, esvaziando assim consideravelmente a competi��o, e aos jogos de Los Angeles em 1984, que s� tiveram a ades�o das republicas sovi�ticas (SIGOLI; DE ROSE JR, 2004).
Discorreremos agora finalizando o cap�tulo sobre um exemplo dom�stico do uso do esporte para manuten��o do poder e manipula��o das massas, a rela��o entre a Ditadura Militar Brasileira, o futebol e a Sele��o nacional, mais precisamente no per�odo pr� e p�s-copa do mundo de 1970 realizada no M�xico, que segundo Kolyniak Filho (1996) foi um evento de grande import�ncia para o regime ditatorial da �poca.
A ideologia do governo estava voltada a passar a imagem de um pa�s que almejava ser uma grande pot�ncia, tornando importante iniciar um ambiente de desenvolvimento social e esportivo aos olhos externos, e paralelamente acobertar os problemas internos (DARIDO, 2003).
O grande slogan desta �poca era o projeto "Brasil Grande" (BRACHT, 1989).
Neste momento o regime enrijece seus m�todos de domina��o e carece de propaganda positiva no ambiente interno na tentativa de acalmar o povo (DE CASTRO, 2012; FERREIRA, 2011).
J� na prepara��o para Copa do Mundo de Futebol em 1966 na Inglaterra, o regime ditatorial rec�m-empossado, j� tentava utilizar-se do esporte para conquistar o apoio da popula��o, tornando a sele��o nacional um verdadeiro "circo", que internamente o governo utilizava como meio de propaganda (DE CASTRO, 2012).
Foram convocadas quatro equipes diferenciadas pelas cores nacionais e realizados jogos em diversas cidades do pa�s consideradas estrat�gicas aos interesses da ditadura e com o aval da Confedera��o Brasileira de Desportos (CBD).
Como n�o poderia ser diferente, diante deste 'caos' na prepara��o, a sele��o fracassou na competi��o sendo eliminada ainda na primeira fase (DE CASTRO, 2012).
A partir deste momento, o futebol se mostrou muito �til como instrumento de manipula��o das massas (PEREIRA, 1980).
Em 1969, o governo inclui na forma de decreto, os jogos de todo pa�s na loteria esportiva, obrigando o espectador a acompanhar os resultados de todos os estados (GUTERMAN, 2006).
Ferreira (2011) acredita que o futebol, a sociedade e a pol�tica tiveram o auge de bet365 apk atualizado 2024 iphone rela��o na d�cada de 70 durante a copa do mundo de futebol.
Segundo Kolyniak Filho:[...
] O governo investiu maci�amente na prepara��o da sele��o brasileira de futebol e divulgou amplamente o evento, atrav�s de forte campanha publicit�ria.
'90 milh�es em a��o, pra frente Brasil, salve a sele��o!'- com esse slogan, divulgado varias horas por dia pelo r�dio e pela TV...
(KOLYNIAK FILHO, 1996, p.46).
A copa de 1970 demonstrou como o futebol entorpecia a popula��o brasileira, onde os jogos eram o principal assunto de discuss�o no pa�s, ficando em segundo plano a tortura e outras atrocidades do regime, refor�ando assim os objetivos patri�ticos da ditadura (KOLYNIAK FILHO, 1996; GUTERMAN, 2006).
O presidente, General M�dici, representava a figura do torcedor fan�tico e patriota, digno do slogan do governo, "a sele��o � a p�tria de chuteiras" (FERREIRA, 2011; MARQUES; 2011).
Segundo Ferreira (2011, p.3):
Para os militares, o sucesso da sele��o refletiria o per�odo do milagre econ�mico no qual vivia a economia brasileira.
Nos filmetes produzidos pelo governo fica n�tida a rela��o entre o sucesso do futebol e da economia do pa�s.
A maior demonstra��o da influ�ncia e do poder dos militares sobre a Confedera��o Brasileira de Desportos (CBD), �rg�o esportivo de maior relev�ncia naquele momento, foi � ordem para demitir o treinador da sele��o de futebol e comunista declarado Jo�o Saldanha, praticamente as v�speras da copa, treinador esse que contava com grande apoio popular, e foi substitu�do por Mario Jorge Lobo Zagalo, que levou a equipe ao triunfo na competi��o com um time que ficaria para a hist�ria pela qualidade do futebol que apresentou (DE CASTRO, 2012; FERREIRA, 2011; GUTERMAN, 2006).
Ap�s muitos anos, o pr�prio filho de Jo�o Saldanha admitiu em entrevista que o pai aproveitava as viagens internacionais da sele��o de futebol para levar em sigilo para autoridades de fora do pa�s, documentos que comprovavam as atrocidades que aconteciam durante a ditadura militar, e tamb�m dinheiro para ajudar exilados pol�ticos do regime (DE CASTRO, 2012).
Com a demiss�o de Jo�o Saldanha, a ditadura imp�s a CBD a presen�a de um agente infiltrado na forma de dirigente na sele��o de futebol durante a copa de 70, a fim de informar poss�veis fontes de comunismo e descontentamento com o regime entre os jogadores e a comiss�o t�cnica, evitando situa��es como a de Jo�o Saldanha, individuo este que tinha o nome de Major Roberto Guaranys, temido torturador e homem de confian�a do governo (DE CASTRO, 2012).
Com a conquista do mundial de 70 e percebendo a festa nas ruas, o governo militar vislumbrou a possibilidade de popularizar o regime no pa�s atrav�s do futebol, e com o apoio da CBD, pautados no plano de unidade nacional e nos interesses estrat�gicos da ditadura, criaram o campeonato brasileiro de clubes (GUTERMAN, 2006).
Segundo Guterman (2006) os times eram classificados para a competi��o obedecendo ao interesse dos militares, criando at� um bord�o na �poca que dizia "onde a ARENA (partido do governo) vai mal, mais um time no nacional", assim participavam do certame, equipes sem a menor express�o no cen�rio nacional, por mero interesse pol�tico, de estados como Amazonas e Roraima.
Felizmente, essa estreita rela��o ditadura-futebol no Brasil, encerra-se junto com o regime militar na d�cada de 80, inclusive com v�rios jogadores de futebol e atletas famosos como o saudoso S�crates, �dolo da sele��o brasileira na �poca, indo aos palanques clamar pela Democracia no pa�s.(FERREIRA, 2011).
O Esporte Para Todos (EPT)
Finalizaremos nosso estudo, citando brevemente a iniciativa esportiva tida como antagonista ao esporte competitivo, o Esporte Para Todos (EPT), movimento de inclus�o que objetivava democratizar a pr�tica esportiva e denunciar a elitiza��o e os exageros do esporte mundial (TUBINO, 2003).
Segundo Tubino (2003), a iniciativa surgiu na Noruega, durante a d�cada de 1960, e vislumbrava uma pr�tica democr�tica e antropol�gica do esporte, colocando o ser humano no centro do processo.
O EPT tinha como palavra de ordem adaptar, modificar e cria novas formas para o esporte e rapidamente espalhou-se pelo mundo (BRACHT, 1989; TUBINO, 2003).
Segundo Coletivo de Autores, a filosofia do EPT era:
N�o � o esporte que faz o homem, mas o homem que faz o esporte, ele determina o que, como, onde, quando, por quanto tempo, com quem, sob que regras, com que objetivos, sob que condi��es o pratica (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.56).
O movimento EPT consumou seus objetivos com a publica��o da Carta Internacional de Educa��o F�sica e Esportes da UNESCO em 1979, que tornava o esporte direito de todos, incorporando-se tamb�m a manifesta��o Esporte-lazer, pelas caracter�sticas semelhante s de espontaneidade (TUBINO, 2003).
Segundo o autor: "[...
] depois de concebido na perspectiva da democratiza��o das pr�ticas esportivas, o Movimento Esporte para Todos tornou-se o meio mais efetivo de Esporte-Lazer [...
]" (TUBINO, 2003, p.28).
A partir dos anos 80, paralelo a Pedagogia Humanista, surge no Brasil uma nova linha de pensamento ligada ao movimento esportivo Esporte Para Todos (EPT), que coloca a autonomia e a qualidade de vida como objetivo, da pr�tica esportiva (BRACHT, 1989; COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Mesmo obtendo sucesso com ricas experi�ncias desenvolvidas, o movimento n�o se fez presente em todas as esferas no �mbito nacional, principalmente no setor p�blico respons�vel naquele momento, desconhecedor de outra forma de esporte que n�o o competitivo (BRACHT, 1989; COLETIVO DE AUTORES, 1992).
No decorrer do processo de implanta��o do EPT no mundo, o movimento sofreu diversas cr�ticas, sendo que a maioria delas estavam relacionadas com a promo��o de pol�ticos atrav�s de iniciativas populares, e a falsa id�ia de igualdade social que o programa gerava (KOLYNIAK FILHO, 1996).
Segundo o autor: "[...
] todos podem jogar juntos � os pol�ticos, os eleitores, os patr�es, os empregados � mas a confraterniza��o s� ocorre no jogo; na vida real, continuam as rela��es de explora��o [...
]" (KOLYNIAK FILHO, 1996, p.47).
Na d�cada de 90, j� incorporado a vertente do lazer, o movimento EPT recebeu uma recria��o de conceitos, passando a englobar a id�ia de promo��o da sa�de, que teve in�cio com o Programa Vida Ativa da Organiza��o Mundial da Sa�de, sendo que do Brasil saiu uma das iniciativas mais bem sucedidas nesta nova perspectiva, o Programa Agita S�o Paulo, que a partir de dados sobre fisiologia, recomendaram a popula��o trinta minutos di�rio de atividade f�sica para manuten��o da sa�de (TUBINO, 2003).
Considera��es finais
Observamos que o esporte assumiu varias posturas durante a hist�ria da humanidade, seja como meio de sobreviv�ncia, lazer, forma��o humana, aliena��o de massa, ferramenta de propaganda governamental, promo��o da sa�de e atividade profissional.
Acreditamos que todas essas manifesta��es esportivas ainda estejam presentes de alguma forma em nossa sociedade.
Pensamos que ao longo do tempo, o esporte tornou-se o fen�meno atual ao qual se refere Kunz (2006), devido a fatores variados, como a superexposi��o na m�dia, ao apoio do estado, aos investimentos das grandes marcas de material esportivo e empresas privadas ou simplesmente por possibilitar aos praticantes das classes menos favorecidas uma chance de ascens�o social e financeira.
N�o temos a pretens�o de achar que a partir deste estudo, o tema est� esgotado e todas as fontes existentes foram revisadas.
Por�m, esperamos ter contribu�do com este artigo, no intuito de sanar algumas d�vidas sobre a linha cronol�gica da hist�ria do esporte, desde seus prim�rdios, como tamb�m, ter esclarecido alguns pontos pol�micos que circundam o tema, e que consideramos ser de suma import�ncia seu conhecimento, por parte daqueles professores de Educa��o F�sica que est�o em contato de alguma forma com o conte�do esporte em seu dia a dia docente.
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