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Por Nicole Vasques, bonus registo casino Santos

12/12/2023 05h16 Atualizado 12/12/2023

Menina de 1 ano saiu de creche e ficou?? desaparecida at� ser encontrada por moradora em Itanha�m (SP). �

: Arquivo pessoal

O Tribunal de Justi�a do Estado de S�o?? Paulo (TJ-SP) condenou a Prefeitura de Itanha�m, no litoral do estado, a indenizar em R$ 20 mil a m�e de?? uma crian�a de 1 ano e 6 meses que fugiu de uma creche e andou sozinha por 100 metros antes?? de ser encontrada, no bairro Jardim Corumb�. A decis�o ocorreu em 1� inst�ncia e cabe recurso.

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Ao bonus registo casino, a comerciante Alessandra Pestana Carreira da Silva, de 48 anos, afirmou que se?? emociona ao falar do assunto at� hoje. Ela diz que n�o � mesma desde o dia 28 de julho de?? 2023, quando soube pela coordena��o da creche Felipe Lobo que a filha Ariely havia desaparecido.

Quando contava as crian�as para voltar?? do lanche, uma professora deu falta de Ariely. Os educadores ficaram procurando at� que uma moradora chegou com a crian�a?? no colo. Ela deduziu que se tratava de uma aluna da creche. A menina foi devolvida ap�s cerca de 15?? minutos.

Alessandra diz que, ao saber do que aconteceu com a filha, teve um ataque de choro, um pico de press�o?? e precisou ser encaminhada � Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Com amparo jur�dico das advogadas Marina Moreira Ventura?? de Lima e Caroline Agostinho Sarmento, ela entrou na Justi�a solicitando R$ 190 mil por danos morais. O juiz acatou?? parcialmente.

Moradora encontrou beb�

O caso tramitou na 1� Vara da Comarca de Itanha�m. Na senten�a, do dia 29 de novembro, o?? juiz de Direito Paulo Alexandre Rodrigues Coutinho avaliou que ficaram comprovados os abalos emocionais � m�e da crian�a.

De acordo com?? Alessandra, a filha, que atualmente tem quase 3 anos, frequenta uma escola particular. Depois que a menina fugiu, a creche?? teria sido fechada para reformas.

Nesta segunda-feira (11), a advogada Marina Moreira explicou � reportagem que a crian�a ainda estava em?? per�odo de adapta��o na creche. Segundo ela, a unidade tinha v�rios problemas estruturais, incluindo port�es com trinco quebrado e sem?? fechadura. Os pais j� vinham solicitando os reparos, que s� teriam sido realizados ap�s a fuga.

C�mera de monitoramento flagrou senhora?? resgatando a beb�. �

: Arquivo pessoal

C�meras de seguran�a captaram o percurso de mais de 100 metros que a menina?? fez desacompanhada. Alessandra contou �s advogadas que a verdade n�o veio � tona rapidamente, pois a coordena��o a esperou chegar?? para buscar a beb� para revelar o ocorrido.

�Na hora eu recebi a not�cia, fui para a Secretaria da Educa��o reclamar?? e, no dia seguinte, j� voltei para a escola de novo. Foi quando eu passei mal e desmaiei, fui parar?? no hospital. Depois fui atr�s das c�meras e descobri a verdade�.

�Sensa��o de impot�ncia'

A princ�pio, a creche teria dito � Alessandra?? que a filha foi contida na sa�da por outra m�e. Somente depois, a unidade revelou que ela foi encontrada por?? uma moradora desconhecida.

As advogadas da fam�lia pretendem recorrer da decis�o por considerarem R$ 20 mil um valor muito baixo diante?? da gravidade do ocorrido.

�N�o sou mais a mesma pessoa, n�o foi f�cil. Sei que nada de ruim, fisicamente, aconteceu com?? a minha beb�. Mas, poderia ter sido o contr�rio�, desabafou Alessandra.

O juiz considerou procedente o pedido de indeniza��o �por estar?? incontroversa a falha na presta��o de servi�o p�blico por responsabilidade da requerida, apta a gerar intenso abalo an�mico na requerente�.

Ele?? avaliou que a crian�a ficou �� pr�pria sorte�, pois uma pessoa de m� �ndole poderia t�-la encontrado na rua. Com?? isso, a beb� poderia ter sido v�tima de �toda esp�cie de situa��o de grave risco�.

�� uma sensa��o de impot�ncia. Mas,?? gra�as a Deus, eu estou bem melhor. N�o foi f�cil nem para matricular ela na escola [...] Ela ficou metade?? do ano passado sem ir para a escola�, disse a m�e, que at� hoje toma medica��o.

Prefeitura

De acordo com a senten�a,?? a Prefeitura de Itanha�m disse � Justi�a ter instaurado processo administrativo disciplinar para apurar o ocorrido e punir os servidores?? respons�veis.

O �rg�o disse que n�o deveria arcar com a indeniza��o por n�o haver prova dos danos de abalo emocional e?? uso de medicamentos. A prefeitura afirmou ainda que o valor de R$ 190 mil requerido pela m�e � excessivo, pois?? possibilitaria o enriquecimento sem causa.

A administra��o municipal, por meio da Procuradoria-Geral do Munic�pio, informou que recorrer� da decis�o. Com rela��o?? � alega��o da m�e, a prefeitura disse que "reitera tomar todas as medidas de seguran�a a fim de garantir a?? integridade de seus alunos, bem como na manuten��o das unidades escolares".

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