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resumo:

The football team plays in the Campeonato Paulista, the state of So Paulo's premier state league, as?? well as in the Brasileiro Srie A, the top tier of the Brazilian football league system. Palmeiras was founded by?? Italian immigrants in 1914, as "Palestra Itlia" ( pronounced [pal[st~italjP]).
Worldwide
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Campeonato Brasileiro Srie A
9
1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994, 2024, 2024
Copa?? do Brasil
3
1998, 2012, 2024
Copa dos Campees
1
2000

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Cr�dito, AFP

'Austeridade n�o � caminho inevit�vel para consertar a economia, mas um projeto pol�tico', diz economista italiana Clara Mattei em?? entrevista � cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil

A busca pela austeridade n�o � uma forma inevit�vel de conduzir uma economia em crise, mas?? sim um projeto pol�tico que subjuga trabalhadores pelo mundo e abre caminho para projetos de poder para governos autorit�rios.

� o?? que defende Clara Mattei, economista, professora da The New School for Social Research, e autora do livro A ordem do?? capital: como economistas inventaram a austeridade e abriram caminho para o fascismo (Boitempo Editorial, 2023).

A austeridade � um conjunto de?? pol�ticas econ�micas que visam reduzir os d�ficits nos or�amentos p�blicos, por meio de cortes de gastos ou aumento de impostos.

"A?? ideia da minha pesquisa � apresentar a austeridade n�o como um caminho inevit�vel para consertar a economia, mas como um?? projeto pol�tico, e entender como esse projeto influencia a dire��o para onde os recursos p�blicos v�o, saindo das pessoas comuns?? em favor de uma elite, que faz com quecear� x atl�tico mineiro palpiterenda n�o seja baseada em sal�rios, mas em capital", diz.

"A?? austeridade n�o � uma corre��o de defeitos, mas, na verdade, � uma caracter�stica estrutural do capitalismo", completa.

Considerado pelo jornal brit�nico?? Financial Times um dos melhores livros de 2023 (quando foi publicado em l�ngua inglesa), a obra tra�a as origens da?? austeridade no per�odo entre guerras na Europa, abrindo caminho para ditadores, como o fascista Benito Mussolini, na It�lia.

Ela critica ainda?? a alian�a moderna de economistas liberais e l�deres da direita radical, como Jair Bolsonaro (PL), no Brasil.

Podcast traz �udios com?? reportagens selecionadas.

Epis�dios

Fim do Podcast

"Em momentos em que as pessoas est�o muito perturbadas e n�o querem cumprir a ideologia da austeridade,?? ela tem que acontecer por meio de coer��o pol�tica que � dada por um governo autorit�rio. Como a coer��o econ�mica?? n�o � suficiente, voc� precisa de mais coer��o pol�tica", diz.

Em entrevista � cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil, Mattei critica a op��o brasileira?? de dar autonomia ao Banco Central e o novo arcabou�o fiscal, um mecanismo de controle do endividamento focado no equil�brio?? entre arrecada��o e despesas, criado pelo governo de Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

"O que o Bolsonaro fez e o?? que Lula faz � muito semelhante porque a austeridade vai al�m das distin��es partid�rias e vai al�m das oposi��es ideol�gicas?? porque, em �ltima an�lise, a realidade � que, se voc� quiser ter uma boa apar�ncia aos olhos do FMI [Fundo?? Monet�rio Internacional], se quiser ter uma boa apar�ncia aos olhos das ag�ncias de rating, a receita � a austeridade�, afirma.

Cr�dito,?? Divulga��o/Festival Costituzione

'O que o Bolsonaro fez e o que Lula faz � muito semelhante porque a austeridade vai al�m das?? distin��es partid�rias', diz Mattei

Confira abaixo os principais trechos da entrevista.

cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil - Para come�ar, quais as origens da austeridade?? e por que os economistas passaram a buscar o controle das contas p�blicas?

Clara Mattei - A ideia da minha pesquisa?? � apresentar a austeridade n�o como um caminho inevit�vel para consertar a economia, mas como um projeto pol�tico, e entender?? como esse projeto influencia a dire��o para onde os recursos p�blicos v�o, saindo das pessoas comuns em favor de uma?? elite, que faz com quecear� x atl�tico mineiro palpiterenda n�o seja baseada em sal�rios, mas em capital.

A ideia � que a austeridade,?? como conhecemos hoje, est� difundida em todos os lugares em que os governos operam economias globalizadas, ou seja, n�o apenas?? nos EUA ou no Norte Global, mas em pa�ses como o Brasil.

Essas pol�ticas t�m um objetivo pol�tico espec�fico: o de?? tentar uma supress�o a qualquer alternativa ao capitalismo atual. Ent�o, o momento em que normalizamos a austeridade como sin�nimo de?? pol�tica econ�mica � o mesmo em que o capitalismo � totalmente desafiado.

No momento, a austeridade tem sido t�o inquestion�vel que?? estamos convencidos de que o capitalismo � um sistema eterno, como se a busca eterna pela austeridade fosse a �nica?? organiza��o econ�mica poss�vel. Mas, na verdade, o que voc� v� � que, se voc� levar a hist�ria a s�rio, voc�?? percebe que o capitalismo � muito fr�gil e requer prote��o constante.

Cr�dito, AFP

'A austeridade � uma caracter�stica estrutural do capitalismo', afirma?? economista

Ent�o, essa � a ideia. � dizer que o capitalismo, como gerador de riqueza e de crescimento do PIB, �?? baseado em uma rela��o social pela qual a maioria de n�s tem que acordar e ir trabalhar por um sal�rio?? muito baixo. E essa rela��o � tudo, menos algo natural.

E, na verdade, nos momentos da hist�ria em que as pessoas?? estavam se rebelando contra essa rela��o social e propunham sociedades em que a distribui��o da produ��o era pensada mais democraticamente,?? em que os trabalhadores poderiam decidir sobre os recursos que eles est�o produzindo, nesse momentos economistas empunharam a austeridade como?? prote��o do capitalismo.

Ent�o, eu digo que, se existe capitalismo, tem que haver austeridade. A austeridade n�o � uma corre��o de?? defeitos, mas, na verdade, � uma caracter�stica estrutural do capitalismo.

E � por isso que, em �ltima an�lise, voc� v� como?? a austeridade funciona em momentos em que o sistema pode entrar em colapso porque as pessoas n�o acreditam mais nele.?? Ent�o digamos que ela foi inventada, ou melhor, se tornou vis�vel como um ato de estrat�gia de contra-a��o num momento?? em que estas alternativas estavam surgindo depois da Primeira Guerra Mundial.

Economistas foram chamados pelos governos para realmente definirem a receita?? da austeridade, que tem tudo a ver com consumir menos e produzir mais e a ideia de que a maioria?? de n�s tem que sofrer fundamentalmente e aceitar que a economia s� funciona se tivermos sal�rios baixos e n�o exigirmos?? muita distribui��o.

Por isso, os economistas tiveram um grande papel porque, em �ltima an�lise, estamos justificando isso atrav�s de modelos.

Assim, o?? livro tenta usar a hist�ria para dizer que precisamos repensar os debates p�blicos sobre austeridade. A austeridade n�o � apenas?? o Estado gastar menos e tributar mais. Esta � uma defini��o apol�tica de austeridade que olha para o todo. O?? agregado perde de vista quem ganha e quem perde sob a austeridade. A austeridade n�o � menos Estado. � o?? Estado trabalhando ativamente em favor de poucos.

Portanto, trata-se de cortar despesas sociais, cortar hospitais, transporte escolar, beneficiar o povo em?? favor de subsidiar bancos, investimentos no complexo industrial militar, etc. Trata-se de aumentar os impostos sobre o povo atrav�s de?? tributos sobre o consumo que continuam subindo constantemente, enquanto os impostos sobre heran�as, sobre ganhos de capital, sobre lucros extras,?? todos os impostos sobre os ricos s�o constantemente cortados, certo? � muito regressivo e � assim em todo o mundo.

E?? depois temos ainda a austeridade monet�ria, que consiste em aumentos nas taxas de juros. E, finalmente, temos a esterilidade industrial,?? que consiste na privatiza��o e na redu��o do poder dos trabalhadores. E, mais uma vez, trata-se de uma interven��o direta?? do Estado na austeridade industrial para subjugar fundamentalmente os trabalhadores. Ent�o � esta tr�ade de pol�ticas e todas as tr�s?? trabalham juntas, refor�ando-se mutuamente com o objetivo de disciplinar as pessoas para que aceitem o capitalismo.

Cr�dito, Reprodu��o

Detalhe da capa do?? livro 'A ordem do capital: como economistas inventaram a austeridade e abriram caminho para o fascismo', de Clara Mattei

cear� x atl�tico mineiro palpite News?? Brasil - E como essa busca incessante pela austeridade, que vai al�m do controle das contas p�blicas, abriu as portas?? para o fascismo, que � o tema do seu livro?

Mattei - A hist�ria normal � que o fascismo �, em?? �ltima an�lise, o oposto da austeridade e as pessoas tornam-se fascistas porque se rebelam contra a austeridade. O que quero?? mostrar � que, historicamente, o ber�o do fascismo, que � a It�lia de Benito Mussolini, os verdadeiros fatores que fizeram?? com que o ditador emergisse, chegasse ao poder e fortalecesse seu governo foram medidas de austeridade.

Ent�o, na verdade, Mussolini chegou?? ao poder em um momento em que cada um dos trabalhadores na It�lia era muito forte. Eles exigiam n�o apenas?? sal�rios mais altos, mas tamb�m controle real sobre o processo de trabalho. Eles ocuparam f�bricas. Eles administravam a produ��o por?? conta pr�pria. Os camponeses administravam a agricultura no campo.

E Mussolini foi considerado pelos liberais nacionais e internacionais como o homem?? certo para um momento cr�tico. H� uma cita��o de Montagu Norman, ex-presidente do Banco da Inglaterra, considerado um s�mbolo do?? liberalismo, que diz em 1926 que o fascismo trouxe verdadeiramente ordem ao caos ao longo dos �ltimos anos, e que?? algo deste tipo era, sem d�vida, necess�rio para que o p�ndulo n�o oscilasse na dire��o oposta.

O ponto aqui � que?? Mussolini foi aplaudido por causa decear� x atl�tico mineiro palpitecapacidade de criar a paz industrial � for�a, banindo fundamentalmente os trabalhadores. E?? � por isso que a austeridade e o fascismo, de m�os dadas, refor�aram-se mutuamente. Mussolini teve muito sucesso em chamar?? a aten��o da elite global internacional, a elite liberal, devido �cear� x atl�tico mineiro palpitecapacidade de impor austeridade, para que pud�ssemos dizer?? que a austeridade era uma arma muito poderosa nas m�os dele.

Ao mesmo tempo, poder�amos dizer que isso ainda ocorre. Na?? It�lia, temos Giorgia Meloni que, de certa forma, se refere como herdeira do fascismo. As pessoas n�o precisavam votar nela?? com a ideia de que ela seria cr�tica � austeridade imposta pela Uni�o Europeia. Em �ltima an�lise, esse conjunto, o?? fascismo e o capitalismo n�o s�o opostos. Eles trabalham juntos e Meloni, como outros governos autorit�rios, uma vez no poder,?? tem praticado uma austeridade ainda mais dura do que os seus antecessores, que eram, obviamente, f�s tecnocratas da austeridade, como?? M�rio Draghi [Ex-primeiro-ministro da It�lia e ex-presidente do Banco Central Europeu].

'Mussolini foi considerado pelos liberais nacionais e internacionais como o?? homem certo para um momento cr�tico', diz Mattei

cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil - Apesar dessa liga��o, h� um dogma em governos de?? qualquer orienta��o ideol�gica de que o descontrole das contas p�blicas causa infla��o e afugenta investimentos. Como a senhora v� isso?

Mattei?? - O objetivo deste trabalho hist�rico �, na verdade, mostrar como funcionam essas teorias econ�micas que dizem que a austeridade?? � uma necessidade porque, se n�o a fizer, voc� corre o risco de ter infla��o gra�as aos d�ficits or�ament�rios e?? esse o fato de que o capital internacional pode sair do pa�s.

O ponto aqui � dizer que esse dogma n�o?? � falso. Ele revela a l�gica do capitalismo, que � uma l�gica baseada na opress�o estrutural da maioria. Ent�o, eu?? acho que isso � muito importante. A quest�o � que eles n�o est�o necessariamente mentindo, mas est�o expressando a dura?? realidade que vivemos numa economia que funciona para poucos em detrimento de muitos.

O que � importante perceber � que os?? economistas n�o s�o t�cnicos, s�o pol�ticos e n�o s�o neutros, s�o de uma classe. E, ent�o, esses modelos, de certa?? forma, fingem estar acima das classes.

Mas a realidade � que eles est�o apoiando um sistema econ�mico que � estruturalmente baseado?? na explora��o. Ent�o, definitivamente deve haver uma sa�da porque � o caso de como o capitalismo global foi estruturado e,?? novamente, o capitalismo global n�o � natural, � uma constru��o de escolhas pol�ticas das nossas institui��es. A quest�o aqui �?? que essas escolhas foram feitas n�o pelo povo, mas pelas elites que comandam as institui��es.

A quest�o dos bancos centrais independentes,?? do FMI, s�o todos isolados da intrus�o democr�tica, do debate p�blico e das elei��es p�blicas, em geral. � por isso?? que um gestor dessas institui��es n�o precisa dar a m�nima, nunca se explicam, se arrependem ou pedem desculpas. Eles podem?? fazer o que quiserem. Portanto, este sistema foi constru�do por institui��es que n�o representam o povo, mas sim a elite.?? Acontece que, uma vez constru�do o sistema que nos oprime e que tem, de fato, certas for�as das quais n�o?? � f�cil escapar, principalmente se voc� est� no Sul Global.

Se voc� tem um problema na balan�a comercial,cear� x atl�tico mineiro palpitemoeda perde?? valor, o capital sai do pa�s e voc� fica mais fraco perante a concorr�ncia global. Se voc� n�o conseguir manter?? seus sal�rios baixos o suficiente em seu pa�s, o capital ir� para outro lugar e acontece que se voc� ainda?? taxar os ricos, os voos de capital acontecem, certo? Ent�o n�o estamos l�. N�o � como se fosse um conto?? de fadas. Eles est�o nos contando sobre algo que � profundamente real, mas profundamente pol�tico, de modo que n�o devemos?? consider�-lo como a �nica maneira poss�vel de fazer isso.

Grafite em Atenas em 2023 diz 'FMI v� embora'

cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil -?? Mas ent�o, como sair desse processo, principalmente para pa�ses do Sul Global, que s�o obrigados a seguir a l�gica de?? austeridade imposta pelo FMI sempre que precisam de ajuda?

Mattei - Acho que a maneira de sair � come�ar a questionar?? profundamente a pr�pria l�gica do sistema. As pessoas precisam dizer que n�o ir�o melhorar, se tornando mais competitivas, controlando or�amentos?? e deflacionando, porque, na verdade, se voc� olhar para o que est� acontecendo, estamos apenas aumentando nossa depend�ncia dessa economia?? global que nos oprime.

Ent�o a maneira de sair dessa situa��o � realmente romper com essa depend�ncia. E como fazer isso??? Bem, acho que deveriam ser as pessoas no local que lutam por isso, mas trata-se realmente de lutar contra a?? depend�ncia do mercado e isso pode acontecer a n�vel local. E penso que ent�o os efeitos repercutem em termos da??cear� x atl�tico mineiro palpiteposi��o geopol�tica em rela��o ao mundo.

Ent�o a austeridade existe para aumentar a depend�ncia do mercado, mesmo se perdermos o?? direito � escolaridade, � habita��o ou aos cuidados de sa�de porque agora precisamos de pagar por isso se ficarmos mais?? desempregados e o nosso trabalho se tornar mais prec�rio porque existe a tr�ade da austeridade que nos tornamos mais dependentes?? do mercado.

Acho que o primeiro passo aqui � realmente encontrar maneiras pelas quais possamos organizar a distribui��o da produ��o, rompendo?? com a depend�ncia do mercado, e isso, creio, significa exerc�cios realmente locais de democracia econ�mica sobre a recupera��o de espa�os.?? Iniciativas coletivas que refor�am um senso de autonomia das pessoas em rela��o a este mercado que s� nos oprime. �?? s� assim que se pode realmente pressionar os governos a agirem em maior escala.

Al�m disso, as pessoas precisam perceber e?? entender como o capitalismo funciona. � por isso que escrevo livros, porque acho que o primeiro passo � realmente entender?? criticamente como o capitalismo funciona, e como, se voc� tentar cumprir os ditames da austeridade, estar� na verdade cavando ainda?? mais a sepultura, de certa forma.

A emancipa��o vem de movimentos e pr�ticas que v�o contra a l�gica do capitalismo e?? n�o movimentos e pr�ticas que o reforcem.

Por exemplo, o fato de a �nica forma de curar a infla��o � suprimir?? os sal�rios, que � o resultado dos aumentos das taxas de juros �, obviamente, uma teoria que � profundamente pol�tica?? porque se baseia na repress�o, mas � isso que tamb�m deve ser desafiado porque a quest�o � que, historicamente, temos?? visto isso mesmo dentro do pr�prio capitalismo.

A maneira de conter a infla��o �, na verdade, estabelecer limites de pre�os ou?? tributar os lucros extras que est�o sendo obtidos gra�as � infla��o. Ent�o essa ideia de que, na verdade, tem que?? ser as pessoas que sofrem sempre � uma receita que est� alinhada com a l�gica do capital. Mas pode-se dizer?? que mesmo se n�o quisermos superar o capital, poder�amos usar modelos diferentes que dizem realmente que o que precisamos fazer?? � colocar limite nos pre�os, tributar os ricos, etc.

A infla��o tem tudo a ver com a decis�o ativa das grandes?? corpora��es de aumentar os pre�os, e n�o � algo mec�nico ou n�o natural. Sim. A infla��o �, na verdade, produto?? de decis�es pol�ticas das empresas privadas para aumentar os pre�os. Ent�o, como pode o Estado impedir que isso aconte�a? "Ei,?? se voc� aumentar os pre�os, vamos tribut�-lo e vamos decidir por vontade pol�tica que voc� n�o ser� capaz de aumentar?? os pre�os."

Todas essas s�o op��es que poderiam funcionar mesmo dentro do capitalismo, mas que s�o constantemente retiradas da mesa porque?? a ideia � que, na verdade, a �nica possibilidade � aumentar os juros. E este � o caminho a seguir?? natural, neutro e objetivo, certo? Ent�o isso mostra mais uma vez como a austeridade � realmente pol�tica.

Cr�dito, Marcello Casal Jr/Ag�ncia?? Brasil

Autonomia do Banco Central do Brasil foi sancionada em fevereiro de 2023

cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil - A senhora tamb�m critica que?? uma das medidas de despolitiza��o da economia teria sido isentar as decis�es econ�micas do escrut�nio democr�tico, estabelecendo e protegendo institui��es?? econ�micas "independentes", como o Banco Central, que se tornou �independente� no Brasil desde 2023. Como a senhora v� essa iniciativa?

Mattei?? - Foi uma ideia terr�vel. Mas acho que dever�amos parar de pensar em termos de Brasil. Como se tiv�ssemos que?? parar de pensar na It�lia ou mesmo em termos da Am�rica. Infelizmente, novamente, estas s�o unidades que escondem o que?? realmente est� acontecendo, que � que h� brasileiros ricos que ganham com bancos centrais independentes e depois h� a maioria?? dos brasileiros.

Somos constantemente privados de direitos e empobrecidos e os recursos s�o extra�dos disso. Ent�o isso � o que �?? importante dizer. O Banco Central foi uma boa ideia para a ordem de capital, ent�o, definitivamente, a quest�o aqui �?? que voc� s� pode fazer aumentos severos nas taxas de juros se as pessoas n�o estiverem no seu caminho e?? isso funciona muito bem.

As pessoas ganham? Claro que n�o. Penso que a quest�o aqui � voltar a dar o poder?? para que as pessoas possam opinar sobre a gest�o monet�ria, para que a gest�o monet�ria seja realmente feita em favor?? das suas prioridades, que n�o s�o as prioridades do capital, dado que a prioridade das pessoas � a satisfa��o das?? suas necessidades, acear� x atl�tico mineiro palpiteexist�ncia � baseada em necessidades muito concretas e simples, mas o sistema � baseado na acumula��o?? infinita de capital que � ilimitado e � completamente desapegado.

cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil - No seu livro, a senhora fala que,?? na It�lia, o compromisso com a austeridade por parte dos especialistas financeiros era "t�o grande que eles estavam dispostos a?? confiar em uma ditadura sangrenta para reerguer os pilares desmoronados da acumula��o de capital" ao se referir ao per�odo de?? Mussolini. Como viu a alian�a pol�tica de Bolsonaro com a Faria Lima no Brasil?

Mattei - Em primeiro lugar, a maneira?? de ajudar uns aos outros � criar esta falsa sensa��o entre as pessoas comuns de que, na verdade, o liberalismo?? e o fascismo s�o opostos, portanto, eles precisam um do outro nesse sentido.

Eles precisam de algu�m que seja supostamente diferente?? deles para que possam fingir que existe uma forma essencialmente diferente de gerir o capitalismo, se for liberal e n�o?? fascista. Isto � mentira porque, se olharmos para a hist�ria que conto, � que existe um paralelismo entre o que?? aconteceu na Gr�-Bretanha liberal na d�cada de 1920 e o que aconteceu na It�lia fascista na d�cada de 1920.

As hist�rias?? s�o basicamente as mesmas, a diferen�a � que na It�lia, Mussolini usou um estado forte para impor uma supress�o salarial?? por lei. Assim, aprovaram leis para suprimir os sal�rios e fizeram greves se tornarem ilegais e prenderam quem discordava.

J� na?? Gr�-Bretanha, eles usaram os aumentos nas taxas de juros para ter o efeito de desacelerar a economia, aumentando a taxa?? de desemprego, o que acabaria por significar matar toda a mobiliza��o trabalhista, fechando todas as alternativas e os obrigando a?? voltar � ordem do capital.

Portanto, o que voc� v� � que a austeridade desempenha um papel semelhante em ambos os?? pa�ses, com nuances que realmente n�o importam. Ent�o, antes de mais nada, acho que eles precisam uns dos outros porque?? a hipocrisia liberal � fingir que aquele fascismo n�o � capitalista e que s� o liberalismo � capitalista, certo?

Ent�o essa?? � a primeira coisa: eles precisam um do outro porque, na verdade, especialmente em alguns momentos, as pessoas est�o fartas?? do sistema e exigem algo novo, e eles n�o deixam.

No Chile, Salvador Allende (1908-1973) foi eleito com a ideia de?? que a terra deveria ser realmente p�blica novamente, reverter as privatiza��es e empreender uma redistribui��o s�ria de recursos em favor?? do povo. Isso � algo que aterroriza.

'No Chile, Salvador Allende foi eleito com a ideia de que a terra deveria?? ser realmente p�blica novamente'

As institui��es que dirigem o capital ordenam para que, nestes momentos, de desafios extremos � ordem do?? capital, o mesmo seja feito como na It�lia, a melhor forma de impor austeridade e potencialmente a mais maneiras eficientes,?? � claro, um estado forte.

Portanto, em momentos em que as pessoas est�o muito perturbadas e n�o querem cumprir a ideologia?? da austeridade, ela tem que acontecer por meio de coer��o pol�tica que � dada por um governo autorit�rio. Como a?? coer��o econ�mica n�o � suficiente, voc� precisa de mais coer��o pol�tica. E � por isso que Pinochet era t�o amado?? por algu�m como Milton Friedman e todos os grandes economistas. Pois foi ai que eles perceberam que a tortura era?? necess�ria se voc� quisesse reimpor o capitalismo de mercado que funcionava como riqueza nos livros.

A austeridade mostra como o capitalismo?? � um sistema antidemocr�tico. Em �ltima an�lise, o capitalismo funciona suavemente quando a democracia � suprimida. Portanto, a austeridade funciona?? muito bem quando � um regime autorit�rio capaz de isolar a tomada de decis�es das pessoas.

Nos Estados Unidos, voc� tem?? o FED, o banco central americano, independente, sem que as pessoas estejam envolvidas. J� na It�lia, perdemos a vertente monet�ria,?? que agora � definida pelo Banco Central Europeu. Em �ltima an�lise, o que experimentamos em todas as supostas democracias liberais?? s�o graus menores destas tend�ncias antidemocr�ticas que s�o pr�prias do capitalismo e especiais do capitalismo de austeridade.

cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil -?? Atualmente, mesmo em um governo de centro-esquerda, como o de Lula, foi aprovado por aqui o novo arcabou�o fiscal, que?? � um mecanismo de controle do endividamento focado no equil�brio entre arrecada��o e despesas. Al�m disso, o pa�s tem uma?? das maiores taxas de juros reais do mundo. Como a senhora v� isso?

Mattei - A primeira coisa a fazer �?? trazer a economia conversar com as pessoas de uma forma que as fa�a perceber que estas decis�es sobre or�amentos equilibrados?? e defla��o monet�ria n�o s�o coisas separadas dacear� x atl�tico mineiro palpitevida cotidiana e que t�m impactos diretos.

Cr�dito, Reuters

Governo Lula, com Fernando?? Haddad � frente da Fazenda, aprovou o novo arcabou�o fiscal

Ent�o eu acho que esse � realmente o papel importante do?? jornalismo e da m�dia, por exemplo, � falar sobre coisas que importam, como a rela��o entre o que significa recuperar?? o or�amento e os recursos para as pessoas e como isso atinge suas necessidades de sobreviv�ncia.

A economia � pol�tica e?? o primeiro passo � perceber que, na verdade, infelizmente, a austeridade atravessa as linhas partid�rias. O que o Bolsonaro fez?? e o que Lula faz � muito semelhante porque a austeridade vai al�m das distin��es partid�rias e vai al�m das?? oposi��es ideol�gicas porque, em �ltima an�lise, a realidade � que se voc� quiser ter uma boa apar�ncia aos olhos do?? FMI se quiser ter uma boa apar�ncia aos olhos das ag�ncias de rating, a receita � a austeridade.

Portanto, voc� precisa?? ter sal�rios competitivos, o que significa que voc� precisa suprimir os sal�rios. Voc� precisa abrir o mercado �s privatiza��es para?? que as grandes corpora��es possam vir e saquear o seu pa�s e investir por aqui, o que significa tirar recursos?? das pessoas e, em �ltima an�lise, � disto que se trata o capitalismo.

Acho que a realidade � que, se Lula?? quiser seguir outro caminho, precisa come�ar a questionar se queremos ser integrados em uma economia capitalista que funciona sobre os?? ombros dos trabalhadores e especialmente dos trabalhadores do Sul Global.

Ent�o, penso que a primeira coisa � abrir os olhos para?? como funciona o capitalismo. � por isso que estou escrevendo esses livros, porque s� ent�o voc� poder� responsabilizar seu governo.

Ent�o,?? se voc� quiser votar em Lula, voc� pode dizer que sim, mas n�o vamos nos comprometer com a austeridade porque?? queremos uma dire��o realmente diferente. Penso que as pessoas est�o preparadas para uma organiza��o econ�mica completamente diferente. E, novamente, a?? mensagem aqui � percebermos que o capitalismo n�o � natural, nem eterno, nem o �nico sistema poss�vel.

Trata-se de dizer que?? estamos fartos de or�amentos equilibrados porque isto � apenas uma ret�rica para continuar a subsidiar o subconjunto habitual de suspeitos?? e levando � mis�ria a maioria.

cear� x atl�tico mineiro palpite News Brasil - A senhora disse que austeridade n�o � apenas controlar as contas?? p�blicas, mas tamb�m vetar a organiza��o dos trabalhadores e impostos mais progressivos. O Brasil discute hoje a volta do imposto?? sindical e uma segunda parte de uma reforma tribut�ria que promete ser mais progressiva. Acha que � o suficiente?

Mattei -?? A mensagem do livro � dizer que as quest�es de pol�ticas fiscais e monet�rias nunca est�o separadas das quest�es de?? rela��es trabalhistas. Hoje tudo � sobre pol�ticas fiscais que visam enfraquecer os trabalhadores atrav�s da austeridade e das pol�ticas monet�rias.

Portanto,?? a ideia aqui � definitivamente que, se propormos diferentes medidas fiscais, isso ter� o efeito de encorajar a capacita��o dos?? trabalhadores e das pessoas nas suas rela��es laborais. Essas s�o formas de pressionar o governo a fazer coisas que v�o?? contra a l�gica da ordem do capital. E � por isso que a pol�tica � importante. � por isso que?? as pessoas t�m que se envolver porque, em �ltima an�lise, o Estado � sens�vel �s press�es para uma mudan�a radical.

Cr�dito,?? Anamatra

'Hoje tudo � sobre pol�ticas fiscais que visam enfraquecer os trabalhadores atrav�s da austeridade e das pol�ticas monet�rias', diz Mattei

Talvez?? essas mudan�as possam subverter o sistema, de modo que, na verdade, tenhamos que entrar em uma l�gica diferente para equilibrar.?? Ent�o, se agora o FED est� aumentando as taxas de juros, prejudicando os trabalhadores nos Estados Unidos, no Brasil, podemos?? tentar fazer o oposto, podemos dizer �ei, vamos realmente propor a apresenta��o de impostos progressivos�. Isso � um passo muito,?? muito importante, porque faz com que as pessoas tenham espa�o para se organizarem coletivamente.

Portanto, qualquer reforma que o Estado fa�a?? para realmente devolver recursos �s pessoas e realmente use os impostos para derrotar a desigualdade, diminuir a desigualdade, proporciona espa�o?? para uma potencial a��o coletiva.

Giorgia Meloni suspendeu qualquer plano de transporte gratuito ou de renda b�sica pois estas s�o medidas?? que permitem corrigir a ideia para uma outra, na qual temos direitos como seres humanos e n�o somos apenas mercadorias?? � venda. E ent�o sou muito favor�vel a todas essas campanhas que s�o o oposto da austeridade que vem sendo?? discutida.

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The Main Path features 5 automatic entrants, 27 third qualifying round Main Path winners and two teams?? eliminated from UEFA Europa League third qualifying round (Main Path). The ten sides in the Champions Path play each other?? over two legs. The five winning sides advance to the group stage.
Premier League table. At the start of?? the season, the top four in the Premier League qualify for the Champions League, while fifth place and the FA?? Cup winners enter the Europa League. The winners of the Carabao Cup qualify for the Europa Conference League.
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Amrica Futebol Clube (also known as Amrica Mineiro or simply Amrica) is a Brazilian football team from?? the city of Belo Horizonte, capital city of the Brazilian state of Minas Gerais.

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Fla Flu (a truncation of Flamengo Fluminense) is an association football match between cross-town rivals Flamengo and?? Fluminense. Matches take place in the 78,000-seat Maracan Stadium, located near downtown Rio de Janeiro, in the city's Maracan district.
Fla Flu - Wikipedia
en.wikipedia : wiki
Flamengo's fiercest and longest-standing rivalries are with the?? other "Big Four" of Rio de Janeiro: Fluminense, Botafogo and Vasco da Gama; as well as interstate rivalries with Atletico?? MG and Palmeiras.


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History. Atltico and Cruzeiro make one of the biggest rivalries in the world. The two clubs from?? Belo Horizonte practically monopolize the Campeonato Mineiro, and have clashed in decisive matches in the Brasileiro, Copa do Brasil and?? continental CONMEBOL competitions of.
Flamengo's?? fiercest and longest-standing rivalries are with the other "Big Four" of Rio de Janeiro: Fluminense, Botafogo and Vasco da Gama;?? as well as interstate rivalries with Atletico MG and Palmeiras.

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    Nicols Ricardo Larcamn (born 11 August 1984) is an Argentine professional football coach, currently the head coach?? of Brazilian club Cruzeiro.

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    Fla Flu - Wikipedia
    en.wikipedia : wiki
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    Fla Flu - Wikipedia
    en.wikipedia : wiki
    Clube de Regatas do Flamengo (Brazilian Portuguese: [klubi?? di eaataz du flamau]; English: Flamengo Rowing Club), more commonly referred to as simply Flamengo, is a Brazilian sports club?? based in Rio de Janeiro, in the neighborhood of Gvea, best known for their professional football team that plays in?? Campeonato ...

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